
Por Patricia Gonçalves Bastos
Quando entrei para o Curso de Pedagogia, da Universidade Católica de Petrópolis, tinha comigo muitas expectativas em relação a essa nova fase que se iniciava.
Talvez por conta do estágio, que havia feito, quando fazia o Curso Normal, no Colégio Cenecista Pedro do Rio, meu foco era a Educação Infantil. Eu estava ali para poder conhecer tudo a respeito, para uma formação mesmo em Educação Infantil. Mas, não demorou muito para que eu percebesse que a educação não se limitava apenas ali.
Pude compreender, de maneira “gestaltica”... se assim posso dizer, que minha relação e intenção com a educação eram bem maiores.
Rumei outros ares, e conheci mil mundos. Encontrei na faculdade (leia-se pessoas da faculdade) novos olhares, novas possibilidades de educar. E assim, experimentei da Educação Infantil à Educação Não-Formal, me dando conta de que são veias diferentes que saem do mesmo coração. E me encantei. E me encontrei. E assim, rumei os caminhos das leis, das políticas, da militância por educação de qualidade para todos. Rumei os caminhos dos projetos sociais, e encontrei um pouco de mim, ali também. Mas, é importante dizer, que por todos os caminhos e vieses percorridos, o encontro comigo mesma veio através de mãos. Mãos e idéias. E por essa razão, digo que minha formação, foi marcada por pessoas. Pessoas e suas práticas, sejam elas instituídas ou não. O que me faz pensar nas finezas e nas sutilezas que são próprias das relações. Dito (e sentido) isso, é importante falar um pouco sobre as relações, os laços que foram criados durante esse tempo. Fiz alguns grandes amigos: pessoas da turma, pessoas de outros períodos, pessoas-professores, pessoas-funcionários. E todos eles, de uma forma ou de outra trouxeram essas sutilezas para a minha formação. E é preciso pensar sobre isso. Sobre uma formação que tenha mãos (pessoas), que também tenha a teoria e a prática discutidas nos corredores, nas cantinas, nos cafés de cada intervalo de aula, nos olhares.
Este é o meu último período, e é bastante interessante perceber que todo tempo é tempo de dar as mãos. E isso fascina. Traz a esperança de tempos melhores para uma possível (re) invenção dos espaços educativos, desses espaços tão cheios das finezas e sutilezas que trago neste memorial.
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