BOAS VINDAS

Olá, pessoal!
Em primeiro lugar, quero que saibam que toda visita será bem-vinda, toda. E que este será um espaço para reflexão e discussão sobre os temas democracia e educação. E claro, podemos esticar o diálogo para outros assuntos, desde que tenham alguma relação com os temas, ok?
Em segundo lugar, gostaria que esperassem a página carregar, caso contrário, pode acontecer de não conseguirem ler os textos, porque o fundo fica muito claro...
No mais, fica o agradecimento pela visita!

Patricia Bastos

domingo, 13 de novembro de 2011

CURSO DE PEDAGOGIA DA UCP: 50 anos!



No próximo dia 17 de novembro, o Curso de Pedagogia da Universidade Católica de Petrópolis (UCP) completará cinquenta anos!
Fiquei pensando na minha história com a UCP, com a Pedagogia... Aproveitei bastante o tempo em que lá estive, busquei mais do que imaginei buscar, e alcancei. Tenho um sentimento muito forte por tudo o que envolve o Curso. Tem uma parte da minha história ali, e não é só a profissional. Hoje, percebo claramente isso, na minha prática escolar e extra-escolar.
Neste espaço conheci pessoas geniais que contribuíram na construção de ideias que vão além dos muros da escola, que ultrapassam as visões estreitas que amesquinham o ato de educar, de aprender, de fazer-se, legitimamente, pedagogo.
Por essas e por tantas outras razões é que sou muito feliz por fazer parte da história do Curso de Pedagogia da UCP!

Escola, que espaço é esse?



Por Patricia Gonçalves Bastos

A escola, talvez, tenha sido a principal referência em termos de espaços educativos, historicamente construídos. É na escola que as coisas acontecem, sejam elas boas ou ruins, “educativas” ou não...

Este é o espaço que as nossas crianças freqüentam, pelo menos, quatro horas diárias, um período razoavelmente, suficiente para que o aluno, a partir de estratégias pedagógicas, desenvolva as suas competências e habilidades. Este é o espaço que por muito tempo, foi considerado o “templo do saber”, como se somente ali, houvesse a possibilidade de aprender, de construir o conhecimento...

De certo, é necessário valer-se do entendimento de que a escola, apesar dos apontamentos polêmicos, que assistimos na TV e em eventos de todo tipo, é sim o principal espaço educativo formal, ou seja, que tem intenção direta de ensinar, de caráter formador.

Hoje, com um olhar mais crítico, compreende-se que o conhecimento acontece nas mais variadas áreas. E assim sendo, acontece também fora da escola. Candau (2000), sustenta esta idéia quando propõe a reinvenção da escola, no sentido de descentralizar a mentalidade de que somente ela, enquanto instituição educativa, poderá promover a construção do saber, a criticidade do pensamento e a abertura para o desenvolvimento intelectual, social e afetivo que outrora, eram práticas “próprias” dela, somente.

O que se pretende, com esta possível discussão, é facilitar e desenvolver um debate sobre a diversidade de lócus educacional que envolve toda a intenção educativa. Para a autora, acima mencionada, “a pluralidade de espaços, tempo e linguagens deve ser não somente reconhecida, como promovida. A educação não pode ser enquadrada numa lógica unidimensional, aprisionada numa institucionalização específica” (p. 13).

Portanto, o horizonte que se vislumbra tem o sentido de tornar as pessoas autoras das suas próprias histórias, que tenham consciência das suas funções sociais, dos seus princípios, valores, que sejam agentes de uma construção social política, crítica, pensante. E que os espaços para alcançar os objetivos propostos, sejam possíveis, sejam reinventados.

REFERÊNCIA:

CANDAU, Vera Maria (org.). Reinventar a escola. Petrópolis: Vozes, 2000


sábado, 12 de março de 2011

FORMAÇÃO EM MOVIMENTO!

A formação em movimento, diz respeito a nossa reciclagem político-educativa, a nossa feliz e infinita (in) FORMA (e) AÇÃO!


Juliana, Patricia, Bianca, Fernanda e Letícia. Foto para os convites da formatura. 2009.


"Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade! Não sei viver de mentira! Não sei voar de pés no chão! Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para sempre". (Clarice Lispector)

sexta-feira, 11 de março de 2011

MEMORIAL ACADÊMICO

Esses dias, Fabiana Eckhardt, professora da disciplina Currículo, Políticas e suas Práticas, da UCP; moça do olhar curioso, agitado, sábio, tanto quanto ela; minha companheira nos causos sobre educação e sobre a vida; e também minha professora na monitora, me solicitou um memorial acadêmico. Fiz! E resolvi compartilhar.





Por Patricia Gonçalves Bastos


Quando entrei para o Curso de Pedagogia, da Universidade Católica de Petrópolis, tinha comigo muitas expectativas em relação a essa nova fase que se iniciava.


Talvez por conta do estágio, que havia feito, quando fazia o Curso Normal, no Colégio Cenecista Pedro do Rio, meu foco era a Educação Infantil. Eu estava ali para poder conhecer tudo a respeito, para uma formação mesmo em Educação Infantil. Mas, não demorou muito para que eu percebesse que a educação não se limitava apenas ali.


Pude compreender, de maneira “gestaltica”... se assim posso dizer, que minha relação e intenção com a educação eram bem maiores.


Rumei outros ares, e conheci mil mundos. Encontrei na faculdade (leia-se pessoas da faculdade) novos olhares, novas possibilidades de educar. E assim, experimentei da Educação Infantil à Educação Não-Formal, me dando conta de que são veias diferentes que saem do mesmo coração. E me encantei. E me encontrei. E assim, rumei os caminhos das leis, das políticas, da militância por educação de qualidade para todos. Rumei os caminhos dos projetos sociais, e encontrei um pouco de mim, ali também. Mas, é importante dizer, que por todos os caminhos e vieses percorridos, o encontro comigo mesma veio através de mãos. Mãos e idéias. E por essa razão, digo que minha formação, foi marcada por pessoas. Pessoas e suas práticas, sejam elas instituídas ou não. O que me faz pensar nas finezas e nas sutilezas que são próprias das relações. Dito (e sentido) isso, é importante falar um pouco sobre as relações, os laços que foram criados durante esse tempo. Fiz alguns grandes amigos: pessoas da turma, pessoas de outros períodos, pessoas-professores, pessoas-funcionários. E todos eles, de uma forma ou de outra trouxeram essas sutilezas para a minha formação. E é preciso pensar sobre isso. Sobre uma formação que tenha mãos (pessoas), que também tenha a teoria e a prática discutidas nos corredores, nas cantinas, nos cafés de cada intervalo de aula, nos olhares.


Este é o meu último período, e é bastante interessante perceber que todo tempo é tempo de dar as mãos. E isso fascina. Traz a esperança de tempos melhores para uma possível (re) invenção dos espaços educativos, desses espaços tão cheios das finezas e sutilezas que trago neste memorial.