BOAS VINDAS

Olá, pessoal!
Em primeiro lugar, quero que saibam que toda visita será bem-vinda, toda. E que este será um espaço para reflexão e discussão sobre os temas democracia e educação. E claro, podemos esticar o diálogo para outros assuntos, desde que tenham alguma relação com os temas, ok?
Em segundo lugar, gostaria que esperassem a página carregar, caso contrário, pode acontecer de não conseguirem ler os textos, porque o fundo fica muito claro...
No mais, fica o agradecimento pela visita!

Patricia Bastos

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

QUEM TE VIU, QUEM TE VÊ, LUIZ...


Amigos de fé, irmãos camaradas.

O que esconde ou revela um sorriso? Que todos os homens nascem iguais, crescem diferentes e depois dos caminhos bifurcados voltam a se encontrar lá na frente? O que revelam sorrisos como estes acima? Que tudo vale a pena quando a alma se apequena? Ou o fim das ideologias, a convicção, de que no fundo todas as farinhas são do mesmo saco? O que revelam esses sorrisos que espantaram o país? São motivos de compreensão, apreensão ou repreensão? Os fins justificam os meios? Ou os meios levam aos mesmos fins?
(SOARES, Ricardo. Ordem e desordem. Rolling Stone Brasil, nº 35, agosto, 2009, p. 62)

sábado, 18 de julho de 2009

Fazia do seu timbre, o nosso recreio...


Por Patricia Gonçalves Bastos


Farei das memórias, dos saberes, dos sorrisos e dos cabelos dançantes (enquanto o sabiá cantava à sua janela) a mais doce lembrança de ter sido abençoada com a presença de uma Fada em minha vida. "Uma Fada, vestida de azul, com sua varinha prateada, de estrelinha na ponta, cobrando o fichamento de um artigo..." (CABRAL, 2009, página triste da minha vida).
Enquanto crescemos, aprendemos que os anjos nascem aqui, na Terra; nos ensinam (e aprendem) a ver as coisas do alto. Abrem mão, às vezes, das teorias, tão respeitadas e cultuadas nas universidades, para mostrar que mais que estudar Piaget ou Vygotsky é preciso, acima de tudo, conhecer as pessoas que nos rodeiam, os alunos de cada dia.
Certa vez, ela me disse que Piaget descobriu coisas interessantíssimas, mas não sabia se ele fora tão feliz quanto ela, pois o que sentia ia além das teorias. Ter lecionado anos a fio, mostrou-lhe que a palavra, a prática sentida era mais real e humana que uma imóvel transferência de conhecimentos. E que esse era um dos caminhos para a felicidade.
Nos últimos meses, risos e lágrimas andavam de mãos dadas... Mas, ela dizia que era de tanta alegria, pois ver sua casa encharcada de alunos, ex alunos, amigos, companheiros de trabalho e utopias era a maior gratificação de uma vida inteira dedicada à educação. Ela estava feliz...
À Professora Maria Campos, com o meu amor.
"E nossa história não estará pelo avesso assim [...] teremos coisas bonitas pra contar. E até lá, vamos viver, temos muito ainda por fazer. Não olhe pra trás, apenas começamos" (Renato Russo).

sábado, 27 de junho de 2009

Escola Pública!


Fonte - Slide integrante da defesa de monografia: BASTOS, Patricia Gonçalves. ESCOLA DEMOCRÁTICA: uma análise de discurso sobre o processo de democratização do ensino básico gratuito. 2009. Monografia (Curso de Pedagogia) - Centro de Teologia e Humanidades, Universidade Católica de Petrópolis, Petrópolis, RJ.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

domingo, 24 de maio de 2009

DEMOCRACIA: um diálogo entre o pensar e o agir.


Por Patricia Gonçalves Bastos


A democracia só será revelada quando todos, homens e mulheres, puderem ter a liberdade de assumir os próprios interesses, lutar, autonomamente, por eles, respeitando a si, e ao outro, numa dimensão coletiva, sem perder a identidade individual, regada de valores de igualdade e solidariedade entre os grupos históricos, que formam um sugestivo “grupo-mor”: a sociedade.
Outra questão relevante, no que diz respeito à democracia, ao seu significado e à sua função é a cautela. Atualmente, os discursos políticos partidários, os militantes, a sociedade civil organizada, a classe popular, o Estado, os neoliberais falam e defendem, com freqüência, a democracia, embora cada grupo citado tenha interesses distintos, próprios de suas ideologias.
Coutinho (apud FÁVERO e SEMERARO, 2002) destaca uma interessante definição de hipocrisia: “Hipocrisia é a homenagem que o vício a presta virtude” (p. 12) e acrescenta:

[...] o fato de que todos hoje se digam “democratas” não significa que acreditem efetivamente na democracia, mas sim que se generalizou o reconhecimento de que a democracia é uma virtude. Mas atenção para a hipocrisia: com extrema freqüência essa palavra, ainda que dita com ênfase não significa, absolutamente aquilo que nós socialistas, nós de esquerda, entendemos por democracia e nem sequer significa aquilo que a história da humanidade e o pensamento político entendem por democracia. (p.12)

É por isso que os militantes de esquerda, os agentes participantes dos movimentos populares têm razão quando falam na construção de um novo mundo, que é negado, mas necessário e possível. Um lugar que nasça dos movimentos e lutas sociais, que seja escrito por homens e mulheres que fazem a nossa História, independente de etnia ou classe social. Que transcenda o globalitarismo excludente. Que a democracia seja vista, especialmente, como um processo e não somente como um valor.
Para concluir, faz-se necessário registrar o pensamento utópico e legítimo de Gentili e Alencar (2005):

Num calidoscópio de lutas que, com sua poesia, alimenta nossas esperanças por um mundo onde os seres humanos não se reduzam a meras mercadorias. Acreditamos na libertação que se intercomunica, que reconhece as estruturas onde está inserida para superá-las, que se imbui, da mística transformadora de um projeto militante e amoroso de resistência criativa, em todos os espaços e das mais variadas formas possíveis, inclusive nos ambientes escolares (p. 21).

Nesse sentido, deve-se dizer que a democracia só será real quando reconhecer o povo, quem lhe originou. Como se pode notar, com os argumentos aduzidos, é o povo que deve decidir, discutir, votar pra transformar o tempo histórico em que está inserido. É de extrema importância a compreensão de que somente a interação entre homens e mulheres, maiorias e minorias, a partir das idéias e decisões coletivas que nascerá a mudança de posições, o que leva à culminância democrática e que supõe possíveis ideais de instituição democrática.

Fonte: BASTOS, Patricia Gonçalves. ESCOLA DEMOCRÁTICA: uma análise de discurso sobre o processo de democratização do ensino básico gratuito. 2009. Monografia (Curso de Pedagogia) - Centro de Teologia e Humanidades, Universidade Católica de Petrópolis, Petrópolis, RJ.