BOAS VINDAS

Olá, pessoal!
Em primeiro lugar, quero que saibam que toda visita será bem-vinda, toda. E que este será um espaço para reflexão e discussão sobre os temas democracia e educação. E claro, podemos esticar o diálogo para outros assuntos, desde que tenham alguma relação com os temas, ok?
Em segundo lugar, gostaria que esperassem a página carregar, caso contrário, pode acontecer de não conseguirem ler os textos, porque o fundo fica muito claro...
No mais, fica o agradecimento pela visita!

Patricia Bastos

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Democracia e educação: a gente quer inteiro e não pela metade.

Por Patricia Gonçalves Bastos

"Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo".


É marcante em amplos aspectos da sociedade brasileira a valorização de práticas que sejam democráticas. O passado recente, marcado pelo autoritarismo político, fez com que se verificasse na atualidade o que poder-se-ia chamar de ânsia democrática. A escola como instituição social também busca a democratização de seus quadros, ou seja, tem uma postura voltada de cindir as velhas práticas autoritárias do ambiente escolar.

A missão não é fácil, mas é possível. Faz parte da formação do pedagogo saber se colocar como elemento social, interventor crítico para a evolução sincera da democracia quer dentro, quer fora da escola. Sendo assim, por mais que se pense que não há tempo para mudança, que o tempo já passou; é sempre tempo de acreditar, de promover o movimento, de fazer a militância sair dos olhares abatidos dos educadores, hoje, desacreditados de qualquer esperança, qualquer crença de um novo mundo. E da mesma forma que “erguem-se casas como montanhas feitas de aço”, como declama o militante marxista Bertolt Brecht (apud GENTILI; ALENCAR, 2005, p. 46), é preciso acreditar em mudanças profundas, que partam da educação para a sociedade. Que essas mudanças sejam processadas de maneira humana, crítica e estética, que seja um exemplo de arte, e também sirva para novas insatisfações, pois a militância por uma escola pública de qualidade acontece a partir de questionamentos sinceros, que envolvem a esperança e o sonho, a utopia de transformar, sem medo de fracassar, até porque, como lembra Darcy Ribeiro, os grandes heróis da educação brasileira contaram mais fracassos que conquistas, em suas lutas pela democratização do ensino, mas ai deles, se estivessem do mesmo lado dos que venceram!

Acreditar na educação é viver na esperança de um novo tempo, que nasce a cada dia, dentro de cada sala de aula, em que professores e professoras, alunos e alunas de todo o território brasileiro, “cantam e dançam” a canção da emancipação humana, a canção que liberta o pensamento preso por paradigmas neoliberais que arrastam a sociedade, rumo ao abismo do consumismo. È tempo de acreditar que o discurso democrático se instaure enquanto prática coletiva e igualitária dentro das escolas públicas.

Por fim, sugere-se que o sonho por democracia, por qualidade de ensino, por gestão democrática, seja sincero o suficiente para alimentar a militância dos que virão e que poderão, da mesma forma que NÓS, assumir a identidade de defensores da escola pública.

Fonte: BASTOS, Patricia Gonçalves. ESCOLA DEMOCRÁTICA: uma análise de discurso sobre o processo de democratização do ensino básico gratuito. 2009. Monografia (Curso de Pedagogia) - Centro de Teologia e Humanidades, Universidade Católica de Petrópolis, Petrópolis, RJ.

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